Apresentação. Naiara Lira

Nome: Naiara Gonçalves de Almeida (Naiara Lira)
Matrícula: 17/0152791

0- Fale um pouco sobre sua experiência em teatro até aqui, se participou de montagens, cursos, papéis, workshops. O que você aprendeu nestas participações, o que despertou em você.

Faço teatro desde que me entendo por gente, cresci sendo a atriz principal da minha mãe nas inúmeras peças de teatro que ela dirigiu na igreja. Minha mãe é escritora, nunca fez teatro profissionalmente mas sempre amou dirigir. Na escola também sempre fiz teatro, mas foi no Ensino Médio que montamos um grupo, "Maça Azul". Apresentamos em ônibus, semáforos e no teatro da escola. Montamos diversas peças famosas e outras com roteiros do nosso diretor Ubirajara Santos.

Sobre workshops, fiz a muitos anos um de teatro de surdo, foi interessantíssimo e recomendo muito, o trabalho com o corpo e com a abstração é uma questão que nós ouvintes nunca vamos alcançar sozinhos. Fiz também uma oficina de clown com a palhaça (maravilhosa) Ana Flávia Garcia. Atualmente tenho um grupo de performance chamado “Camboatá”, somos três cantoras negras que cantam, dançam e tocam instrumentos utilizando personagens femininos das cantigas de capoeira. Além de atuar, faço a produção e as direções de cena e musical.

Sou produtora cultural e cantora profissional com disco gravado e viagens internacionais, assim não foi só uma vez que fui convidada a participar de um musical ou fazer teatro infantil profissionalmente. Alguns diretores preferem cantoras que atuam do que atrizes que cantam. Sempre pensei em fazer teatro mas na adolescência isso sumiu após um casting da “Malhação” em Brasília quando tinha 15 anos, eu ia fazer, tornar realidade a ideia de viver de teatro. Minha mãe me pediu pra assistir o programa por uma semana antes de decidir fazer o teste. Desisti de ser atriz. Aos 31 anos e duas graduações depois (Licenciatura em Letras Português e Sequencial em Música), em dezembro do ano passado essa vontade de fazer Cênicas retornou após visita ao Teatro Oficina em São Paulo assistindo a peça “As Bacantes”, montagem de José Celso.

1. Liste as peças teatrais que você já leu. Autores e nome das obras.

Mãe coragem e seus filhos, Bertolt Brecht

Eles não usam black tie, Gianfrancesco Guarnieri

A megera Domada, William Shakespeare

Preocupações de um Saparinho, Luiz Galdino (adaptação para teatro)

A borboleta que não podia voar, Maria Cristina Furtado (adaptação para teatro do livro “Flor de Maio”)

A bruxinha que era boa, Maria Clara Machado

O Boi e o Burro no caminho de Belém, Maria Clara Machado

O Auto da Compadecida, Ariano Suassuna

A Ópera do Malandro, Chico Buarque

Os Persas, Ésquilo

2. Escolha uma ou duas obras e apresente o que mais chamou atenção do texto que você leu.

Gosto bastante do “Boi e o Burro no caminho de Belém”. Tive a oportunidade de montar a peça três vezes: a primeira ainda criança no papel de uma das sete pastorinhas, um papel pequeno e sem fala. No início da vida adulta no papel do burro e mais recentemente como regente do coral. Acho divertidíssima a ideia de falar da história mais contada do mundo sob uma ótica tão inusitada como a dos animais do estábulo. Maria, José, os 3 reis magos e o próprio menino Jesus se tornam detalhes na trama que se passa toda no estábulo.

3. Liste textos (livros, artigos) que você leu que falam de teatro.

Confesso que nunca fui muito da teoria do teatro. No terceiro ano do Ensino Médio escolhi artes cênicas como opção de artes mas não me recordo dos textos que li.

4. Escolha uma ou duas obras e comente o que você achou de mais relevante no que você leu.

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5. Quais são suas expectativas em relação a esta disciplina? O que você espera aprender?

Me situar na história do teatro. O palco sempre foi a minha prioridade mas estou bastante animada em conhecer as raízes do que hoje se entende por teatro, conhecer textos clássicos e conhecer a repercussão desses textos, entender contextos históricos etc me deixam animada.